A Escócia sempre me seduziu. Talvez pelos livros que li e filmes/documentários que vi ao longo da minha vida, sempre achei que seria um destino a não perder. E não desiludiu!
A viagem, que decorreu em fins de Abril, permitiu-nos destinar o primeiro dia completo para visitar Edimburgo, o seguinte para fazer uma visita ao interior montanhoso com passagem por Loch Ness (mas o dito faltou…) e o terceiro para passar o dia em Glasgow.
A meteorologia típica da Escócia acompanhou-nos sempre nos dois primeiros dias, com períodos de chuva e vento intensos seguido de abertas com um céu azul bem saturado mas com nuvens. Em Glasgow fomos agradavelmente surpreendidos por um dia quase primaveril.
Para esta viagem utilizei pela primeira vez a K-1 MkII. Apesar de ter tido a oportunidade de utilizar uma K-1 em Fevereiro de 2017 durante apenas duas semanas, rapidamente a configurei ao meu gosto.
E o comando “Smart Funcion” é simplesmente genial. Como uso (quase) sempre o modo HyperManual, destinei-o para controlar o ISO, ficando assim com os três parâmetros (Tv, Av e ISO) imediatamente acessíveis. Ou seja, o pleno controlo do triângulo da exposição ao alcance dos dedos. Brilhante Pentax!
Para o modo TAv, que uso quando necessário, defini-o para controlar a compensação de exposição.
Em termos de ergonomia, a K-1/K-1II é excelente. O punho profundo e de dimensões generosas permite uma utilização segura e confortável. Os diversos comandos disponíveis são um descanso para o fotógrafo porque raramente é necessário recorrer aos parâmetros que estão nos menus.
Para quem vem de uma K-5 de 2010, os menus das máquinas mais recentes são um mundo a descobrir tal é o grau de parametrização possível. Se no início pode ser confuso, depois das configurações estarem estabilizadas e da exploração dos menus estar finalizada, o uso do menu passa a ser quase só para a formatação dos dois cartões SD. Tão simples como isso.
E caso seja necessário um qualquer ajuste na hora nada melhor que recorrer ao painel INFO de acesso rápido com uma matriz parametrizável de 20 posições e 41 funções disponíveis por posição.
Referência especial para o LCD de orientação flexível multi-ângulo que, assente numa robusta estrutura, é uma inovadora e bela peça de engenharia que eu gostaria que ver incorporada em futuros modelos da Pentax. Para fotografia é uma solução muito mais prática e flexível do que a concorrência apresenta.
Mas se entre a K-1 e a K-1 MkII não há diferenças exteriores (apenas o logo do modelo é que as diferencia) é na nova electrónica da MkII que está toda a evolução que permite atingir um ISO 819200, um novo modo de alta resolução Dynamic Pixel Shift e uma melhoria no sistema de AF.
Eu não dou grande relevo aos ISO máximos anunciados pelos fabricantes dado que nunca permitem resultados satisfatórios a esses níveis limite. Mas este parâmetro demonstra que o ISO máximo utilizável está a subir e que a MkII tem uma vantagem de 2 pontos em relação à MkI. E aqui, nos altos ISO, a diferença é notória com a MkII a surpreender positivamente.
O novo modo Dynamic Pixel Shift é mais uma opção ao lado dos modos já existentes na K-1 (Pixel Shift com ou sem Motion Control). Contrariamente ao Pixel Shift que usa o sistema SR para movimentar o sensor e o obturador electrónico, no Dynamic Pixel Shift são tiradas 4 fotografias sucessivamente usando o obturador de plano focal sendo depois essas 4 fotografias combinadas num único ficheiro numa operação que demora cerca de 20 segundos. O Pixel Shift original, utilizado com tripé, é mais eficaz mas em situações em que não há hipótese de se usar um tripé ou suporte, o Dynamic Pixel Shift é um recurso a não pôr de lado até porque dá excelentes resultados a muito baixas velocidades, o que só por si é uma vantagem.
Mas as qualidades fotográficas da K-1 MkI mantêm-se na MkII: resolução e gama dinâmica. Ambas são enormes! Os ficheiros são generosos, permitindo reenquadramentos furiosos (ver 100% de algumas fotogradias) e recuperar exposições com uma facilidade enormes. Mais uma vez, para quem vem da K-5, o salto é gigante.
Resumindo, a MkII confirma ainda mais a vocação primordial da K-1: a qualidade de imagem fotográfica!
Bom, voltando à viagem. Como a K-1/K-1 MkII sem o D-BG6 é bastante compacta, decidi viajar com apenas 4 lentes fixas e uma pequena zoom fish-eye: a FA 28mm F2.8 AL (1991), a FA 50mm F1.4 (1991), a FA 85mm F1.4 [IF] (1992), a FA 135mm F2.8 [IF] (1991) e a F Fish-Eye 17-28mm F3.5-4.5 (1995). E levei o Manfrotto Befree One.
Dia 1 – Edimburgo, Escócia, Reino Unido



Dia 2: Highlands e Loch Ness, Escócia, Reino Unido
Para as 3 primeiras fotos, que foram tiradas em movimento através do vidro do interior do autocarro, utilizei o modo TAv.







Dia 3: Glasgow, Escócia, Reino Unido

